13 de novembro de 2007

Utilidade pública

O trânsito é um zoológico. Com certeza alguém já falou isso antes de mim. Tenho verdadeira mania de reparar nos tipos que nos circundam nas ruas. Engarrafamento é um celeiro de idéias, quando a cabeça fica a toa as maiores bobagens e as maiores genialidades convivem entre si. Todas inúteis é claro!
Percebi ao longo de toda minha vida motorizada, que devemos ter certos cuidados ao dirigir. E não falo aqueles que aprendemos nas auto-escolas, e sim o que aprendemos na vida.
A primeira lição de sobrevivência é a de se afastar das Kombis. Só o fato de ser uma Kombi já denota risco um. Agora, a coisa piora muito quando este mesmo veículo é pilotado por alguém que está de chapéu, aí sim o risco aumenta muito, 5 pra ser mais exato. Aliás, qualquer carro guiado por alguém de chapéu, de dia ou de noite (embora a noite o risco suba 1 grau), já é por si só risco 2. Mas espere, pois tem algo muito mais arriscado: Kombi de frutas, nem pensar, o risco é incalculável!!!
A segunda lição é nunca ficar por perto, principalmente atrás, de um Chevette rebaixado, risco 2. Se neste mesmo veículo você avistar um adesivo escrito “fui”pode contabilizar mais 3 graus de periculosidade. E não pensem vocês que estas dicas não tem fundamento, foram muitos anos de pesquisa de campo, observações empíricas e depoimentos tomados.
Terceira lição: pessoas idosas por si só não apresentam risco, tampouco as mulheres e nem os bem jovens. O risco mora na distância entre o banco e o volante, sendo inversamente proporcional. Quando menor a distância, maior o risco. A fórmula está pronta, agora calculem.
Próximo conselho: quando seu carro estiver atrás de outro e você não conseguir enxergar o tampo da cabeça do motorista da frente, acelere e mude de pista, só não faça se gostar de adrenalina.
E o derradeiro e talvez mais importante: se algum leitor se reconheceu em algum deste tipos saia correndo de casa e vá tirar qualquer um destes estigmas, ou vá direto pro um boteco encher a cara, mas sem o carro, pois “se beber não dirija e se dirigir, não beba”. Este meu “estudo antropológico” não se resume a estes poucos parágrafos, estou deixando as portas abertas para que cada um possa encontrar o tipo que mais o amedronta e também, não tenho mais tempo para escrever estas bobagens, pois meu táxi acabou de chegar. Fui!

2 comentários:

barbara disse...

Indo pegar um táxi e não falou deles!!! Abriu o precedente: donos da rua e impacientes de plantão... O mesmo Zé de quem você falou, com quem precisa bater mais um papinho, tem duas frases ótimas pros taxistas:
1. é terrível ficar atrás de táxi vazio e na frente de táxi cheio
2. "um infinitésimo de tempo" é a unidade de medida de tempo que se dá entre um sinal abrir e um taxista buzinar atrás de você! (claro, aqui temos que considerar que o papai - Zé - é professor de física).
Adorei!

HELENA LEÃO disse...

..como pude me esquecer dos taxis...e dos motoboys....só estas duas categorias já dão uma tese inteira...hehehe.