17 de dezembro de 2007

Perto demais ou Vizinho é foda

Li outro dia em um blog (depois que resolvi criar um fiquei maníaca por eles) que os vizinhos sempre davam boas crônica. De imediato a frase não me chamou atenção, mas depois de um tempo, vendo os rastros de pipocas, latinhas, balões murchos e outras porcarias que os filhos de meus vizinhos deixam na garagem, lembrei-me da bendita frase e resolvi escrever – pra ver se a raiva passa.

Não são as crianças o problema, nem tampouco o lixo e o barulho criado por elas (também tenho filhos), o problema está na proximidade das paredes (e das garagens, diga-se de passagem).

Como pode dar certo tantas pessoas juntas na mesma caixa de concreto???? Como ser absolutamente feliz (existe isso????) tendo que aturar a música sempre ruim que seu companheiro de prédio teima em deixar alta. Como agüentar o latido estridente dos dois cachorros do ap de cima sem maldizer a milésima geração de seus donos.

Fico pensando que tenho que ser civilizada e evitar o confronto direto. A civilidade não me permite sair desferindo “piabas” (pra quem não sabe são tapas estalados na testa) nas porcas crianças, nem posso me permitir xingar a mãe do síndico quando este resolve construir uma escada pra lugar nenhum em uma área que ninguém vai, usando meu suado dinheirinho. Queria eu poder aranhar o carro parado fora da vaga me impedindo de sair, chutar o cachorro estúpido que me avança toda vez que me aproximo e ainda esganar a dona que diz: “ele não morde”.
Mas não posso, minha mãe me ensinou a não jogar lixo no chão, a não comer porcarias antes do almoço e a não chutar os vizinhos. Eles não sabem, mas foram salvos pelos sábios conselhos da dona Gláucia.

15 de dezembro de 2007

Sempre os Bancos

Hoje eu tava lendo o blog da Bárbara (rendição virtual) e li um post em que ela reclama do Banco do Brasil, então, comovida com a história, que parece se repetir com assustadora frequência fiz o seguinte comentário:
Bárbara, quem dera o problema fosse exclusivo do BB. Uma vez recebi um cartão de crédito do Unibanco (que eu nunca havia pedido), liguei imediatamente para o banco dizendo que eu não queria aquele cartão. A dita cuja do telemarketing (cortem sua cabeça), me disse que eu teria que ir ao banco para cancelar o cartão...puta que o pariu...foi isso que eu disse a ela...e disse mais: "minha filha, este barulho que vc vai escutar agora é do cartão sendo quebrado, e espero que a conversa esteja sendo gravada pra depois, se vcs me mandarem alguma cobrança, terem prova de que eu NUNCA pedi nenum cartão nesta porcaria de banco."os bancos são todos iguais.
Depois de publicar meu comentário vim aqui para tecer mais algumas considerações sobre esta maldita instituição da qual dependemos e que parece estar acima de qualquer lei;
- Quem nunca teve problemas com cobranças indevidas e que para resolver vc passa uma raiva tão grande que a grana que vc perdeu fica insignificante a frente da encheção de saco - aí, desistimos.
- quem nunca teve crise de nervos em uma fila da caixa econômica federal?
- quem nunca ficou puto da vida pra pagar o desgramado do IPVA que só pode ser pago em poucos bancos? (será que ninguém contou para eles da revolução tecnológica???)
- quem nunca teve vontade de explodir velhinhos que chegam aos montes nos caixas preferênciais que normalmente são os únicos funcionando.
- quem nunca teve vontade DE ESGANAR OFICCES BOYS???? (nunca entendi por que os bancos não tem caixas separados para atender que chega com malote)
- e por último: quem nunca teve vontade de trocar de banco mesmo sabendo que os problemas continuarão os mesmos, que os juros continuarão abusivos, que os atendentes continuarão tapados e que agente vai continuar se sentindo otário???

que jogue a primeira pedra....

29 de novembro de 2007

a maior gafe da mamãe

(mãe, não fique chateada, mas coisas engraçadas mereçem serem contadas a quatro cantos)

Minha mãe fala demais. E como quem fala demais dá bom dia a cavalo, a Dona Gláucia (minha incrível progenitora) costuma dar bom dia a eqüinos com certa frequência.

A melhor de todas aconteceu em uma bela manhã de primavera em que fomos, eu e ela, buscar meu filho na escola. È importante comentar que a escola que meu filho estudava era a mesma que eu havia estudado durante longo tempo. Por isso Dona gláucia se sentia em um ambiente extremamente favorável pra exercer sua típica elouqëncia.

Encontramos no corredor a Rozana, que havia sido minha profesora, com a qual minha mãe quis puxar papo. Rozana estava bem gorda e com uma barriga avantajada e eis que minha mãe (sei que vcs já sabem o final da história) abraça a dita cuja e alisando a barriga da mesma pergunta em tom quase infantil: Como é que vai nosso neném??? (percebam que eu grifei a palavra nosso).

Na mesma hora eu quis morrer, sem exagero. Ela bem que podia ter me poupado de tal constrangimento.

Rozana, então, responde sem graça e fula da vida: Não é neném não, é gordura mesmo.
Juro que o mundo acabou pra mim naquela hora, o chão desmoronou, minha cara ficou parecendo um pimentão. O pior é que minha mãe continuou com a mesma cara lavada. E com a mesma desenvoltura de sempre pôs-se a comentar o quanto era difícil emagrecer, que ela também sofria com isso e blá, blá, blá....
De uma coisa estou certa: Dona Gláucia paga mico, mas não perde a compostura!!!!

Beleza diferente

Quando eu era criança, meu maior sonho era ser bonita. Olhava aquelas meninas do colégio, todas “certinhas", cabelo lisinho, olho azul, com a canela sem nenhum machucado e ficava me sentindo um monstrinho. Cabelo anelado era (e ainda é) execrado. Minhas pernas cheias de marcas de tombos (eu não era fácil), um ar desengonçado, tudo me fazia sentir mais feia. Não que fosse um sofrimento, crianças não sofrem a toa, mas era um incômodo, um desejo de ser igual à maioria.
Minha prima e melhor amiga, a Ju, era do time das bonitas, cabelo liso preto, olho azul, branquinha...parecia uma fada (até hoje). Um fatídico dia, eu caio na besteira de perguntar pra minha mãe se eu era bonita igual à Ju. (As mães sempre são responsáveis por traumas de infância, querendo ajudar, acabam fudendo o troço todo). Eis que minha mãe vem com a frase que ressoaria em minha mente por longos anos: Minha filha, você tem uma beleza diferente!!!
Fudeu tudo....beleza diferente para uma menina que queria ser igual era o fim.

Demorou muito pra eu perceber o que ela queria dizer (se é que tem desculpa uma frase desta...hehehe). Demorou, mas um dia eu descobri que meu cabelo anelado era bonito, quando mais sarará ele tivesse. Descobri que eu tinha um charme, bom papo, um corpo bacana e podia ser bonita sim. Não como as moças que normalmente estampam as revistas, não com escova definitiva e lentes de contato. Bonita como eu era........uma beleza diferente!

As mães acabam sempre tendo razão.

Obs: nada contra as moças normalmente bonitas, cada um na sua, inclusive continuo achando a Ju linda... e quando caio na besteira de comprar revista feminina me deparo com tantas beldades que volto ao meu tempo de escola e por milésimos de segundo (antes da razão entrar em cena) tenho a suprema vontade de ter uma beleza normal.

Obs 2: quando contei pra minha mãe deste “trauma”, estávamos a família toda reunida e tomávamos algumas biritas, caímos na gargalhada, malhamos muito a dona Gláucia e suas gafes impagáveis. Ela, no entanto, ficou tentando se explicar...culpada coitada....coisa de mãe.

22 de novembro de 2007

"palavriado" - série de imagens poemas


Nada que me tira do sério é sério o bastante. Seja bastante sério ou não.
O que me tira do sério me basta.

"palavriado"

Não gosto de nada abstrato. Adoro a madrugada.
Não sei dizer se a madrugada é abstrata mas não deve ser pois senão eu não gostaria dela. Existe alguma lógica na abstração? Na madrugada não.

Quando eu era criança, achava que o céu da noite era diferente do céu do dia.
Quando descobri que o céu era o mesmo me senti traída pela noite que tanto me fascinava.
A diferença é o sol, a ausência ou presença dele.
Assim meu pai me falou.

21 de novembro de 2007

Fim do mundo – parte III

O palácio das artes anuncia um show de Ivete Sangalo.
A alta sociedade comparece em peso.

A Obra anuncia um show do Ivan Lins.
Não cabe todo mundo.

O Lapa Multishow faz um tributo a Tom Jobim.
Alguém grita: toca Raul!!!!

Silvio santos faz um “qual é a música” com integrantes do Uakti.

Tati Quebra Barraco vira evangélica e faz dueto com Mara Maravilha – na MTV.

Restaurantes franceses começam a servir PF. Sem tempero.

Didi e xuxa são sucessos de bilheteria – (será o fim dos tempos????)

Fim do mundo – parte II

Dia chuvoso. Um ônibus cheio e com as janelas fechadas.
O indivíduo “alto, magro, vestindo um terno azul” começa a soltar sucessivos peidos, cuidadosamente preparados anteriormente (seria um terrorista?).
O cheiro é insuportável. As janelas começam a se abrir. Chove muito.
A chuva começa a entrar devastadora dentro do lotação...mas não dá para fechar as janelas....o cheiro é insuportável...é melhor morrer afogado.

As vítimas foram 37. Não ficara ninguém pra apontar o culpado.

Será que ninguém sabia nadar???

Fim do mundo - parte I

Me divirto inventando desastres engraçados.

Imaginem um meteoro gigante, pegando fogo, se aproximando da terra. Esqueçam o Bruce Willis!
O meteoro vem em direção ao Brasil, Minas Gerais especificamente, Bom Jesus do Galho pra ser mais exata. Cai inevitavelmente. Cai no meio do mato. Causa um estrondo e atordoa a cidade. Morreu alguém???? De susto morreram vários. Do meteoro só uma vaca.
O dono da vaca fica puto e pensa: porque eu??????

Peraí: onde fica mesmo Bom Jesus do galho???????

Obs: juro que não fumo maconha

Sobre mim ou "egotrip"

Tenho mania de arrumar tapetes. Me incomoda muito ver um tapete todo ingruvinhado torto ou do lado errado. Se tenho uma oportunidade, arrumo.
Já tive isso com quadros, passou. Agora, sou capaz de ver uma pintura completamente desalinhada e nem me tocar.

Mas não me mandem amarrar cadarços molhados e nem pegar em algodão empoeirado...morro de aflição.

- Quando acordo de manhã não tenho forças nas mãos.
- Não gosto de pessoas simpáticas e nem de quem tem voz infantil.
- Detesto música ao vivo, leia-se voz e violão.
- Não uso meias velhas e tenho compulsão por creme hidratante.

Bater na minha cabeça me irrita muito e quando eu mesma me machuco me sinto uma imbecil.
As vezes leio sem entender nada, mas continuo lendo. Foi o que aconteceu quando me aventurei pos James Joyce a primeira vez (Ulisses). Depois li de novo, aí sim.

- Odeio sentir ciúmes, mas às vezes é inevitável.
- Detesto perder, mas aprendi aceitar.
- Gosto de ler coisas idiotas e de escrevê-las também.
- Odeio ser politicamente correta, mas tento.

Gosto de ver. O olho é meu terceiro órgão favorito.
Muitas vezes peço desculpa sem me sentir culpada, só pra pararem de me encher o saco.

- Não gosto de nada abstrato. Adoro a madrugada.
- O por do sol me irrita um pouco. Mas gosto de assisti-lo de vez em quando.
- Gosto de programas de tv toscos. Não odeio novelas.
- Não me considero mau humorada, mas o meu estopim é bem curto.

E pra terminar, parafraseando Angeli no seu “duas coisas que eu adoro e uma que eu detesto”:
Adoro óculos escuros – adoro ler livros eróticos – detesto ter que usar calcinhas

"A televisão matou a janela"

Nelson Rodrigues dizia que a televisão matou a janela. Concordo.
Gosto de televisão, mas aprecio muito mais as janelas.

Quando me mudei pra um apartamento (sempre havia morado em casa), fiquei fascinada pela facilidade com que se observava e se era observado, pela proximidade das janelas. Gostei da novidade, mas logo percebi que não era um costume xeretar a vida alheia – falta de educação???

Acho engraçado, estranho talvez, o fato de se estar cada vez mais interessado nas vidas dos famosos – lê-se Caras, Quem, Ti ti ti, assiste-se big brother, tv fama – mas ninguém olha pro vizinho. Ninguém assiste a vida da janela ao lado, ninguém é voyeur da pessoa comum.

É Nelson....a televisão fechou as janelas – não as minhas!

14 de novembro de 2007

está certo disso????

Sei o que falam sobre as certezas. São banidas do meio inteligente.
Concordo que não é bom ter demais: "Certezas o vento leva. Só dúvidas continuam de pé" (acho que é Leminsk). Decerto, pensando sobre as minhas próprias, descobri que não tenho muitas, senão três:

certeza número 1 - tenho certeza que pessoas simpáticas demais são fracas de caráter. (certeza ou preconceito ao bom humor?????)

certeza número 2 - estou certa de que cigarro não faz tanto mal (desculpas para o vício????)

certeza número 3 - tenho absoluta certeza que o Ivan Lins e o Guilherme Arantes são a mesma pessoa. (não ousem discordar)

Agora, tão importante quanto as certezas que tenho, são aquelas que tinha arraigadas em mim e que me foram tiradas....cruelmente:

ex-certeza número 1 - um dia eu acreditei piamente que a vovó mafalda era mulher.

ex-certeza número 2 - como assim o urso panda não é urso????????

ex-certeza número 3 - confesso que fiquei frustrada ao descobrir o boato: paul dos anos incríveis não é o Marilyn Manson.

13 de novembro de 2007

Utilidade pública

O trânsito é um zoológico. Com certeza alguém já falou isso antes de mim. Tenho verdadeira mania de reparar nos tipos que nos circundam nas ruas. Engarrafamento é um celeiro de idéias, quando a cabeça fica a toa as maiores bobagens e as maiores genialidades convivem entre si. Todas inúteis é claro!
Percebi ao longo de toda minha vida motorizada, que devemos ter certos cuidados ao dirigir. E não falo aqueles que aprendemos nas auto-escolas, e sim o que aprendemos na vida.
A primeira lição de sobrevivência é a de se afastar das Kombis. Só o fato de ser uma Kombi já denota risco um. Agora, a coisa piora muito quando este mesmo veículo é pilotado por alguém que está de chapéu, aí sim o risco aumenta muito, 5 pra ser mais exato. Aliás, qualquer carro guiado por alguém de chapéu, de dia ou de noite (embora a noite o risco suba 1 grau), já é por si só risco 2. Mas espere, pois tem algo muito mais arriscado: Kombi de frutas, nem pensar, o risco é incalculável!!!
A segunda lição é nunca ficar por perto, principalmente atrás, de um Chevette rebaixado, risco 2. Se neste mesmo veículo você avistar um adesivo escrito “fui”pode contabilizar mais 3 graus de periculosidade. E não pensem vocês que estas dicas não tem fundamento, foram muitos anos de pesquisa de campo, observações empíricas e depoimentos tomados.
Terceira lição: pessoas idosas por si só não apresentam risco, tampouco as mulheres e nem os bem jovens. O risco mora na distância entre o banco e o volante, sendo inversamente proporcional. Quando menor a distância, maior o risco. A fórmula está pronta, agora calculem.
Próximo conselho: quando seu carro estiver atrás de outro e você não conseguir enxergar o tampo da cabeça do motorista da frente, acelere e mude de pista, só não faça se gostar de adrenalina.
E o derradeiro e talvez mais importante: se algum leitor se reconheceu em algum deste tipos saia correndo de casa e vá tirar qualquer um destes estigmas, ou vá direto pro um boteco encher a cara, mas sem o carro, pois “se beber não dirija e se dirigir, não beba”. Este meu “estudo antropológico” não se resume a estes poucos parágrafos, estou deixando as portas abertas para que cada um possa encontrar o tipo que mais o amedronta e também, não tenho mais tempo para escrever estas bobagens, pois meu táxi acabou de chegar. Fui!

série voyeur - primeira parte


Eu tenho um verdadeiro fascínio pela vida alheia. É encantador observar o cotidiano. Talvez por isso eu tenha vontade de assistir a vida dos outros, de ouvir a conversa da mesa ao lado, de procurar nos noticiários vidas outras que me reconheça nelas. As janelas dos edifícios que me circundam são mundos que gosto de assistir. Não pensem que assim eu me afasto de minha própria existência, é raso de mais, nem concluam que talvez eu possa estar me projetando e todo este papo de psicologia barata, blá, blá, blá. Nem tudo tem explicação...seria muito fácil viver nestas circunstâncias.

Pra Joana nunca foi difícil....Sua vida, e todas as outras, teriam material suficiente pra encher uma biblioteca inteira de teses, lotaria um salão de baile de conversas fiadas e tomaria conta dos botecos por várias madrugadas bêbadas.
A começar pelo seu nascimento, uma noite em que nada de importante aconteceu, mas que transformaria a vida de seu pai e sua mãe, é claro.
Depois de Joana, sua mãe ainda teve 11 filhos. Moça direita que era ajudou a cuidar dos irmãos, todos comeram, dormiram e se alimentaram com a ajuda da irmã mais velha. Não que isso a agradasse, pelo contrário, além de cansada Joana se sentia injustamente castigada pela mania de parir que tinha sua mãe. Até os dezessete anos eram estas tarefas domésticas que resumiam sua vida.
Não sei se por ímpeto ou por pura razão, Joana tomou a decisão que a levaria a sentir culpa por toda a vida, mas que também a tornara uma mulher feliz: foi embora e levou consigo apenas duas mudas de roupa e algo que a alimentasse por uns dois dias, mais ou menos.
Não sei se sentiram falta dela, pra falar a verdade, nem ela saberia nos contar. Nunca mais teve notícia da família, que não era má como podem estar imaginando. Sua mãe, apesar de simples, era carinhosa e seu pai embora nunca tenha se aproximado, era trabalhador e humano. Os irmãos eram tantos que o que sobra da lembrança de cada um, não monta na memória nem uma só pessoa inteira.
Saiu pela porta da frente, com sua pequena mala de couro forrada, e andou , andou, andou, e parou. Bateu em uma porta e pediu água. Quem olhasse seus olhos naquele momento não veria além, não tinha nada pra ver, como na maioria das vezes em que olhamos nos olhos de alguém. Deram-lhe água e puseram a comentar sobre o tempo, frio a alguns dias. Agradeceu e se foi. Na cidade nunca mais tiveram notícia suas.
Hoje, sei onde ela mora pois a vi pela janela, estas mesmas que me circulam todas as noites. Fiquei o observando sua rotina, seus gestos, sua vida comum e pude até imaginar sua foto na lista de pessoas desaparecidas, lá longe, naquele tempo que nem sei se existiu. Na verdade quem batizou Joana fui eu....e que inventou esta vida passada foi esta mania que tenho de montar biografias imaginárias, catando cacos de vida que chegam até mim.

“Há em olhos humanos, ainda que litográficos, uma coisa terrível: o aviso inevitável da consciência, o grito clandestino de haver alma.” (Fernando Pessoa )

O porque de tudo isso

Não esperem nada do que vão ler aqui. É claro que não. Nem sei se vão ler.
Mas é bom deixar claro que nada de útil vai ser postado nesta virtualidade desmedida. A maior profundidade que irão encontrar em minhas linhas será a palavra buraco ou todas derivadas dela...Sejam quais forem.
Porque decidi escrever então????
Não perguntem pra mim.

Embora não pareça, este é um convite a todos para lerem....e escreverem se for o caso.
Podem corrigir, criticar, prosear, só não aceito cantadas pois prefiro-as pessoalmente. (tenham senso de humor)

Serão divagações sobre o nada, mas é sobre o nada mesmo e não aquele nada filosófico de que tanto falam.

Na verdade a primeira frase deste texto esta errada. Corrigindo: esperem nada do que vão ler aqui.

Abraço a todos