Quem fala demais da bom dia á cavalo ou dá bom dia à cavalo? Percebam o quanto uma crase pode mudar o sentido de uma frase, e percebam também o quanto o silêncio pode evitar que você saia por aí cumprimentanto eqüinos. Façam o que falo mas não façam o que faço porque eu não sei ficar calada e por isso mesmo costumo cometer uma série de gafes facilmente evitadas com a boquinha fechada.
Dia desses ao encontrar com uma conhecida e sem ter o que dizer, logo soltei um: seu cabelo está diferente, mais bonito, o que você fez? - Nem gosto de contar a resposta que obtive, pois fico com vergonha de mim mesma só de lembrar: _ é que troquei de peruca, lembra do que aconteceu com o meu cabelo? Mas agora estou indo em um ótimo dermatologista e ele me disse que vai voltar... (é claro que não foi nada cordial e nem poderia ser).
Só depois que esta minha conhecida começou sua resposta é que me lembrei que á algum tempo atrás esta pessoa foi tentar fazer uma escova daquelas definitivas e teve um problema que fez com que seu cabelo caísse quase todo....que vontade de sumir do mapa, de me atirar da primeira janela, de ser muda pra não passar por situação tão constrangedora. Aí, vem o Marcelo falando: _Tá vendo, você não sabe ficar calada, não sei que mania é esta de puxar assunto.
O Marcelo é òtimo professor, eu é que não sou boa aluna. Alguns dias depois desta gafe monumental, recebo uma cliente no meu escritório, uma noiva que vai casar no ano que vem e queria dar uma olhada no meu trabalho. Uma noiva sozinha me pareceu estranho (normalmente vão acompanhada dos noivos, das mães ou irmãs), depois de uma longa conversa sobre o casamento, na tentativa de ser simpática, saio com essa: _ Nossa, mas você está olhando tudo do casamento sozinha? Nestas horas tem que chamar a mãe, as mães adoram este lance de casamento.
Já maginaram né?A Mãe da moça tinha morrido e minha reputação também!
E teve também àquele dia que encontrei com um colega de meu filho no teatro e ele estava acompanhado de um senhor bem mais velho, no ímpeto de puxar conversa com o senhor, comento o quanto era bacana ver um avô levando o neto ao teatro e blá blá blá...o Marcelo saiu de perto e o tomás foi brincar com o coleguinha, me deixaram sozinha com a resposta nua e crua: O "fulaninho" é meu filho!
É...em boca fechada não entra mosquito...
16 de setembro de 2008
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