3 de março de 2008

Uma sexta qualquer



Qualquer coisa vermelha pendurada no meu guarda-roupa, é o que procuro pra me distrair hoje. Não pode ser outra cor. Acho uma blusa com estampas em vários tons rubros, não serve, tem que ser totalmente vermelho.
Vestido rodado, totalmente certo pra ocasião, nem um pingo de outros tons. Que bom que achei. Coloco-o sem calcinha para não marcar, sapatos da mesma cor e brincos discretos. A maquiagem sugere que é noite e que pretendo dormir tarde. O cabelo cuidadosamente preso em um coque. Pronto.
Pego qualquer bolsa que caiba a carteira e o maço de cigarros. Uma balinha caso precise e rua. No rádio do carro não toca nada que me anime o espírito (qual deles?). CD’S me esqueci de pegar. Vou dirigindo e sentindo o cheiro da noite que se inicia. Prometo não ficar muito bêbada. Prometo que dessa vez vou cumprir a promessa. Me sinto levemente eufórica, feliz talvez.
Estaciono o carro com certa facilidade, tinha vaga perto do bar. Alguns amigos já estão e outros talvez venham. A mesa do lado de fora é perfeita. Olho pro céu e vejo que a lua está cheia, linda. Entendi então minha leve euforia. A lua faz isso comigo, me liberta de mim mesma. Cerveja, conversa jogada fora e colocada dentro, amigos, tudo perfeito. Vem a saideira e nenhuma vontade de ir embora. Pago a conta e vou sozinha dançar em alguma boate underground. Esqueci de dizer que minhas unhas também estavam vermelhas.

Um comentário:

D! disse...

Simples e bacana! Bora tomar umas "um dia qualquer"!!