19 de fevereiro de 2009

Família Doriana

Uma das melhores decisões que tomei na vida é a de me permitir tomar café da manhã com meus filhos, quase todos os dias. Para isso, precisei pedir demissão de um emprego considerado “bom”, dar as caras em um negócio próprio e ficar, digamos, menos ricas (pra não dizer mais pobre – dizem que dá azar).
Mas o fato é que mesmo sem o cream cheese, caro demais pra atual conjuntura, e com o pote de requeijão sendo devorado pelos pimpolhos, tomar café com meus pequenos é, no mínimo, um luxo!
E foi numa destas luxuosas refeições matinais que descobri que havia me transformado em um queijo. Tudo aconteceu muito rápido, entre o tody que fazia para o Tomás e o terceiro pedaço de bolo que colocara no prato da Marina (detalhe: no prato da baixinha já se encontravam um pedaço de queijo e farelos de tudo que havia na mesa). Em lampejos de segundos, uma das colheres de café com quem Marina tecia uma duradoura e profunda amizade se transformou no Tomás: "Mamãe, esta tulher é o Tomás, e esta outra é a Manina.”
Com um pedaço de pão na boca não dava pra responder, deixei pra lá.
"Mãe, o bolo é o papai deles e o queijo é você, mamãe do Tomás e da Manina tulher" (leia-se colher). Olhei pro meu marido como quem diz: _Criança é assim mesmo né? E continuei no meu pão de sal sem miolo.
Manteiga vai, manteiga vem, eis que Marina começa a olhar pros lados, meio sem graça, dando uma risadinha linda; pega sua amiga “Tulher” na mão e fala baixinho como se lhe contasse um segredo: “Acabei de comer nossa mamãe”.
Gargalhada geral! É ou não um luxo começar o dia assim?

2 comentários:

Unknown disse...

A-D-O-R-E-I !!!!!!!!!

Como queijo, vc teve uma vida bem curta, hein?

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkk


Máximo... criança diz cada coisa rsrs..

Bjo, Poly
;)