Hoje o Tomás chegou pra mim e disse: Mãe, acho que estou perdendo minha criatividade!
Frase estranha pra uma criança de sete anos que cria um super herói por dia, transforma tampa de panela em escudo, desenha os mundos mais coloridos que já vi e vive com a cabeça na lua!!!
Mas não me enganei, foi isso que ouvi daquela pessoinha. Aí entrou minha mania de mim mesma, e comecei a divagar sobre o presente momento e no atual limbo criativo em que me encontro. Foi apenas um projeto de pensamento interrompido imediatamente por um filho ávido de respostas: Mãe é sério, todo dia de parquinho lá na escola fico um tempão pensando de que brincar e aí demora e acaba a hora do parquinho.
Fiquei apavorada! Meu filho é quase um filósofo!Um intelectual daqueles que de tanto pensar ficou lá pensando! Como aquela música do Rumo que fala: “De tanto preparar parou, de tanto se inspirar pirou, de tanto ouvir falar sobre um futuro que virá virou-se todo pro passado a esperar...de tanto vigorar gorou, esperando Godard Godot.”
Sem demonstrar todo o meu susto quanto ao futuro do garoto, resolvi dar uns conselhos, pra ele pensar no que queria brincar antes da hora do parquinho...aí vi a estupidez do meu conselho (se fosse bom a gente vendia, mas o Tó não aprendeu isso ainda e afinal de contas eu sou a mãe dele), ele ia ficar viajando no meio da aula de matemática, deixando as contas de lado e imaginando mil brincadeira divertidas no parquinho, um a zero pra mãe maluca.
Mas a mãe responsável logo veio a tona e disse: filho, isso não é um problema, todos nós às vezes temos falta de criatividade, um dia ou outro, mas vai passar e tenho certeza que o próximo dia de parquinho vai ser incrível, você vai ver. Acho que ele nem ouviu o segundo conselho, tava com a cabeça na lua e uma espada na mão pensando qual seria a brincadeira do dia.
Os filhos sempre preferem a mãe maluca e só as ouvem quando lhes convém. Ponto pra eles!!!
22 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Como mãe de um garoto de 7 anos que também vive me surpreendendo com divagações filosóficas, só posso concordar contigo, e dizer que ao passo em que o filho vai crescendo, vai diminuindo a minha lucidez, porque a relação mãe-e-filho, dentre tantas outras maravilhas, possibilita (e pede) uma boa dose de maluquice!
Beijo para o Tomás!
É isso mesmo!!! Inúmeras vezes tenho que me policiar pra não ser mais maluca do que ele....
Postar um comentário